Fomos às amoras silvestres

Quando ficar rica e famosa, [até, porque, modesta já sou], e sentir necessidade de escrever o meu livro de memórias, as histórias com a minha amiga do coração, Cris Conq, mais conhecida por “Buddy da Onça”, terão, certamente, lugar de destaque na edição. É que,  sempre que nos juntamos, uma simples e inocente intenção, como ir ao cinema, ou beber um café, acaba, impreterivelmente, no mais rocambolesco dos enredos. E, como deve imaginar, a nossa incursão às amoras silvestres, não foi excepção. Em primeiro lugar,  devo admitir que nunca me tinha ocorrido que, tal como o nome indica, as amoras silvestres, tivessem origem nas silvas. Em segundo, que as ditas picassem tanto. Assim, quando a Cris me desafiou, não me passou pela cabeça que deveria levar roupa adequada, o que fez com que ficasse toda picada, ao ponto de o meu Amor achar, quando cheguei a casa, que havíamos sido atacadas por um bando de leões. E ainda me respondeu: “Para poupar dez euros? Eu dava-te o dinheiro. Saía mais barato do que os curativos.”. De facto, as bagas com melhor aspecto, e mais maduras, estavam mesmo no meio dos silvados, o que fez com que tivéssemos que colocar a vida em risco, para as apanhar. De tesoura de podar numa mão, um gancho na outra, e o peito cheio de coragem, lá entrámos por moitas nunca antes desbravadas, para conseguir “capturar” uns honrosos 1,600 Kg, para a compota. Sim, leram bem. As duas, e não cada uma. Não se riam, porque 1/3 da nossa epiderme ficou agarrada à moita. Quem teve uma manhã em cheio, foi o nosso fiel, e prestável, ajudante, Julian Caeser, que muito se deve ter rido, à custa dos nossos urros de dor. Seja como for, valeu a pena, até porque, em breve, haverá uma deliciosa compota para o Inverno. Se quiserem passar uma manhã divertida, e poupar uns trocos, não hesitem em apanhar amoras, num silvado próximo de si. Até pode ser um fiasco, mas a diversão está garantida. Palavra de #lobo.

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