Sete truques para ingerir comida de rua (Street Food), sem ficar doente

Quem segue o #lobo no Instagram, sabe que sou uma “destemida” da comida de rua. Na Turquia, China, Índia, Sri Lanka, Marrocos, ou Indonésia, nunca tive, por hábito, negar-me a novas experiências culinárias, e acredito, muito sinceramente, que os mercados são o melhor sitio para encontrarmos a gastronomia genuína de cada local. No entanto, a possibilidade de apanharmos uma intoxicação é elevada. Por exemplo, na Índia, fiquei três dias sem ingerir sólidos, por  ter achado que um pequeno almoço à base de ovos estrelados, num sitio manhoso, era a melhor ideia deste mundo. A gastroenterite foi tão agressiva, que quase desmaiei no metro de Nova Deli. Mas, é com os erros que se aprende. A partir de então, todas as vezes que me passa pela ideia comer num mercado de rua, tenho as seguintes precauções, e, posso garantir que, desde 2010, só fiquei doente uma vez. 

1. Escolher a banca com a fila maior

Ah, pois é. O velho truque, que resulta, sempre, em qualquer parte do mundo. Para além, de, à partida, a comida ser melhor confeccionada, os alimentos têm maior saída, pelo que são mais frescos do que nas restantes. No caso de existirem várias com grande afluência, seleccionem a fila com o maior número de mulheres e crianças. Acreditem, é o local mais seguro de todo o mercado. 

2. “Cozinha” à vista

Certifiquem-se de que os alimentos são preparados à vossa frente, e manuseados com um mínimo de higiene. Por exemplo, se o dinheiro, ou os sacos de lixo, forem guardados junto à comida, esqueçam. São fontes inesgotáveis de micróbios e de bactérias, o que vai dar intoxicação na certa.

3Comer como um local

Optar pelos pratos tradicionais, e tomar as refeições à mesma hora que os habitantes locais, é fundamental para  obter alimentos de boa qualidade, cozinhados no momento. Mesmo que tenham de alterar os vossos padrões alimentares, vale a pena porque a probabilidade de ficarem doentes, é mínima.

4. Evitar água da torneira e bebidas com gelo

Esta é uma dica fundamental, que nos é dada na consulta da medicina do viajante, sobretudo quando vamos para locais onde a água pode estar potencialmente contaminada, como, por exemplo, a Índia. De facto, a maior parte dos ocidentais segue o conselho à risca, excepto na hora de beber sumos de fruta natural, pejados de gelo, cuja consequência pode ser, no mínimo, uma dor de barriga. 

5. Optar por alimentos cozinhados

O fogo “mata tudo”, já diziam os antigos, e é uma grande verdade. Por mais apetitoso que seja o marisco cru da Tailândia, ou os legumes pouco salteados chineses, optar por comida totalmente cozinhada é a opção mais segura. Sobretudo se desconfiarmos que os alimentos foram lavados com água contaminada. É chato abdicarmos de um ou outro prato típico, mas evitamos uma grande chatice (e umas horas no WC). 

5. Ingerir fruta descascada

A fruta com casca, lavada em água duvidosa, é uma fonte enorme de intoxicações alimentares. No caso da manga, papaia, ou banana, por exemplo, à partida, não haverá problema. Mas, quando estamos a falar de frutos de casca fina, como a pêra ou a maçã, convém descascar, porque podem estar contaminadas. 

6. Evitar os molhos

Os molhos são um foco interminável de intoxicações, uma vez que, na maior parte dos casos, já estão cozinhados há vários dias, e acondicionados sem os requisitos mínimos de higiene. Apesar de darem cor, e sabor, às refeições, são de evitar, sobretudo se tiverem um aspecto duvidoso.

7. Optar pelos mercados matinais, de grande afluência

Tal como na Europa, os mercados matinais, de grande afluência, são os mais confiáveis, já que, cedo, existe a necessidade de alimentar centenas de fregueses. Normalmente, os pratos são cozinhados com produtos frescos, do dia, o que constitui uma excelente oportunidade para provar a gastronomia local. Por exemplo, em países como a Índia, onde 70 % dos ocidentais adoecem por intoxicação alimentar, esta é, de longe, a escolha mais segura.

O que fazer em caso de intoxicação? 

As medidas preventivas são sempre as mais seguras, pelo que não há nada como, antes de viajar, ir à consulta da medicina do viajante, já que o médico irá indicar quais os medicamentos de SOS, nomeadamente antibióticos, a tomar em caso de extrema necessidade. Pela minha experiência pessoal, sempre que os sintomas teimam em persistir, visitar um medico local, é, sempre, uma opção a considerar. Caso prefiram “remédios” mais naturais, os chás de gengibre ou de cominhos, são óptimos para os vómitos, mas devem ser tomados com as devidas precauções. Seja como for, não há nada como sair do sofá e conhecer o mundo. Os imprevistos vão-se resolvendo, caso a caso, sem, no entanto, esquecer que a prevenção é meio caminho andado para uma viagem sem percalços. Palavra de #lobo. 

 

 

 

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