Fui à concentração Motard de Góis

Caros 5.75 leitores, quem segue o blog, sabe que, cá em casa, somos mega fãs de motas, tal como podem ver neste post. Por isso, quando soubemos as datas da 25.ª Concentração Internacional de Motas de Góis, marcámos, logo, na agenda, uma vez que não queríamos faltar. Em primeiro lugar, porque nunca havíamos estado num evento semelhante, em segundo, porque adoramos esta região do país, onde a paisagem, as praias fluviais e a comida são absolutamente maravilhosas. Uma vez que temos os dias contados para as férias, que teimam em não chegar, optámos por ir, apenas, no fim de semana. Saímos de casa bem cedo, pelas oito da manhã, e rumámos a Abrantes, já que, apesar de ser o caminho mais longo é, também o mais belo, e preferimos queimar pneu nas estradas nacionais ao invés de nas autoestradas. A chegada a Góis aconteceu a seguir ao almoço, após uma descida pelas curvas incríveis que dão acesso à vila.

A alguma distância do recinto, já se viam centenas de motas estacionadas, envoltas numa nuvem de pó. Confesso que nunca tinha visto tantas duas rodas juntas. O bilhete, no valor de trinta euros, deu direito a parque de campismo, uma t-shirt, uma caneca em metal para evitar o plástico, ao bordado oficial, ao pin comemorativo dos 25 anos da concentração, à entrada em todos os espectáculos, e a um rolo de papel higiénico, bem de primeiríssima necessidade (literalmente). Com quarenta graus à sombra (acho que nunca suei tanto em toda a minha vida), não resistimos em montar, rapidamente, o arraial e mergulhar na fantástica praia fluvial do rio Ceira. Para além da beleza incrível do local, que, felizmente, não foi afectado pelos incêndios do ano passado, o ambiente da concentração é incrível, uma vez que os participantes são bem dispostos, educados, e com aquele ar de quem só está ali para se divertir. 

Confesso que não fui  Góis de animo leve. Por tudo o que havia ouvido sobre a concentração de Faro, tive algum receio que o evento estivesse organizado especialmente para motards de Harley Davidson e barba grande, interessados, apenas, no concurso da miss t-shirt molhada. Não podia estar mais enganada. Este é um evento organizado especialmente para os amantes e simpatizantes de duas rodas, ideal para todas as idades. Novos, velhos, com mota ou sem mota. O recinto está pensado para que todos se possam divertir e usufruir de um ambiente único. 

Para além dos tradicionais “comes e bebes”, existe uma zona de feira onde é possível comprar não só equipamento motard, mas, também, artesanato. É nestes momentos que agradeço a Deus o facto de morar numa casa pequena, o que me acalma a fúria consumista, e impede de comprar um monte de tralha desnecessária, mas, contudo, com bom aspecto. Outro factor importante na concentração são os espectáculos. O programa deste ano era composto por nomes sonantes, escolhido para agradar a diferentes tipos de público, como Quim Barreiros, Simone de Oliveira, Alphaville, ou os Gipsy Kings. Leram bem, meus caros. Os Gipsy estão vivos, de saúde, com um som impecável, e eu, que tanto gramei com eles nos casamentos dos anos 80 e 90, tive oportunidade de os ver ao vivo. Mas que festa. Só pelo concerto, já valeu a pena a viagem. A noite foi, também, animada pelo Bike Show, que permitiu vislumbrar exemplares únicos. 

Nos seus vinte e cinco anos, a Concentração Motard de Góis, recebeu mais de quarenta mil pessoas, e doze mil motas, tendo os participantes consumido quarenta e cinco mil litros de cerveja. Estava calor e a malta com sede.  A solidariedade não foi esquecida, tendo a organização doado dez mil euros aos Bombeiros Voluntários da vila, para aquisição de uma nova viatura de combate. Pelo ambiente incrível e segurança do evento, esta é a concentração ideal para ir sozinho ou em família, uma vez que existem tantas actividades, que acabam por agradar a toda a gente. Pessoalmente, apenas posso dizer que adorei a experiência, e, apesar de ser apenas “motard” de fim de semana, conto, no próximo ano, marcar presença nesta grande festa, e parar ao Km 271. Obrigada Góis. Até já. 

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