Dez coisas que deve saber sobre a Índia antes de marcar a Viagem

(Amber Palace, Jaipur. Foto: Wolf at The Door)

1. Todos os parâmetros de higiene e conforto que conhecem do mundo ocidental, na Índia não se aplicam, pelo que, a probabilidade de encontrarem uma casa de banho suja, ou de a mesma nem sequer existir, é elevada.
Se têm problemas com lixo, baratas e ratos a proliferar pelas ruas, o melhor mesmo é escolherem a Republica Dominicana como destino de férias. [Estou só a dizer]. 
(Torneira do meu “hotel” em Agra, a 200 metros do Taj Mahal. Foto: Wolf at The Door)


2. A moeda oficial é a Rupia indiana e a cotação em relação ao euro é de €0,013. Ou seja, um euro equivale, sensivelmente, a 74 Rupias e sai mais barato levantá-las no multibanco do que trocar nas lojas de câmbio, porque as taxas são elevadas.

3. A entrada no país implica um visto turístico pelo que, com umas semanas de antecedência, deverão dirigir-se à embaixada da India em Lisboa, par tratar do dito. Eles são super lentos, mas a experiência até se torna curiosa enquanto primeiro contacto com o país. 
4. 70% dos ocidentais ficam doentes [a desfazerem-se], no Norte da Índia, pelo que a ida prévia à medicina do viajante é indispensável. Isto se não quiserem morrer durante as férias, obviamente. 
(Taj Mahal, Agra. Foto: Wolf at The Door)

5. O Taj Mahal, uma das sete maravilhas do mundo moderno, não é um palácio: é uma tumba. Fica em Agra, a entrada custa 750 rupias, cerca de onze euros, e é o local mais belo que algumas vez irão ver na vida. Se quiserem realmente apreciar a magia do monumento, entrem antes do nascer do sol e desfrutem da iluminação progressiva do mármore branco. É de cortar a respiração. Ainda perco fôlego quando penso nisso. 
6. As vacas são o animal sagrado da Índia porque, entre outras coisas, transportavam o deus Shiva, e aparecem vezes sem conta na icnografia hindu. Por isso, devem ser respeitadas e, se uma delas estiver a bloquear a entrada do restaurante, como foi o caso da foto, não lhe devem tocar [como também foi o caso da foto]. A prioridade é sempre da vaca indiana, pelo que,  se não quiserem levar um raspanete,  [como também foi o caso da foto], esperem calmamente, enquanto rezam um mantra a Krishna. 
(O #lobo e a vaca sagrada, Agra. Foto: Wolf at The Door)


7. A questão das violações e do assedio sexual é um assunto muito sério, pelo que, as mulheres, não deverão, jamais em tempo algum, mostrar os ombros e usar roupa justa e/ou curta. O ideal é comprarem vestuário nas feiras, e este ser o mais indiano possível, como por exemplo, túnicas largas e calças de Aladino. Não façam essa cara. Só custam os primeiros quinze dias. 
(Varanasi, Ganges. Foto: Wolf at The Door)


8. Se não marcarem numa agência de viagens, passar um mês na Índia é muito mais barato do que possam imaginar. No meu caso, com tudo incluído, não deverei ter gasto mais do que €1500. Depois explico-vos como num próximo post. E olhem que não me privei de nada, e até trouxe metade de Goa na bagagem. 



(Encantadores de Serpentes, Jaipur. Foto: Wolf at The Door)


9.  Visitar o país sem um Lonely Planet actualizado não é boa ideia. É comprovadamente o melhor guia de viagens do mundo. O alojamento, os restaurantes, os conselhos práticos sobre saúde, legislação, etc., são mesmo para levar a sério. Vão poupar um monte de dinheiro e de chatices. Nós levamos um que já tinha saído há dois anos e levámos uma série de banhadas à moda antiga, que contarei num próximo post. 
10. Esta será, muito provavelmente, a viagem [literalmente] mais brutal das vossas vidas. Por isso, open mind, não julguem os outros por serem diferentes, respeitem o que virem, não se armem em ocidentais colonialistas e espertalhões, desfrutem o melhor que a Índia tem para vos dar e aceitem, com resignação, o pior. Porque vão sofrer muito e, no fim, chorar por ter acabado. Palavra de #lobo. Este país vai marcar-vos para sempre. 
(Fotos: Wolf at The Door)

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