Caros 5.75 leitores, antes de mais, deixem-me retratar-me e pedir desculpas pela ausência, mas posso garantir-vos que, a partir de agora, tomem nota: Pelo menos, todas as segundas, quartas e sextas vão ter novidades, aqui, no blog. Por isso, estejam atentos.
Posto isto, e não obstante o disclaimer de que as considerações que vou fazer baseiam-se, exclusivamente, na minha experiência pessoal, já há três anos havia escrito sobre jejum intermitente e de como havia perdido algum peso com este método. Entretanto, pôs-se o carnaval, o verão, o inverno, o carnaval, o casamento da prima, o meu próprio casamento, o covid 19 e mais o sporting campeão, e jejum, nem vê-lo.
No entanto, em outubro do ano passado, após umas ricas férias no Alentejo e na Serra da Estrela, decidi pesar-me. Quase tive um AVC, quando a balança marcou 63.7 kg. A verdade rebolava-se na minha cara . Tinha sambado à grande, entre queijos, doces, enchidos e tudo a que (julguei) ter direito. Esta situação, aliada ao confinamento e à minha indisciplina bíblica, levaram a que tivesse engordado terrivelmente, já que o meu peso normal eram 53 Kg.
Respirei fundo, vi a minha vida a passar-me à frente, como se estivesse a morrer afogada. Na realidade até estava, só que em banha. Volvidos cinco minutos, já a angustia tinha passado, juntamente com a vergonha na cara, e lá continuei com a alimentação “normal” como se não fosse nada comigo.
Pouco antes do Natal, aquela altura recomendada pelos nutricionistas para começarem as dietas, decidi voltar ao jejum, e, de uma penada, perdi cinco quilos. Como seria de esperar, não me contive durante as festas, mas, já com algum controle, fui alternado entre comer que nem um javali e jejuns de dezoito horas. Em janeiro, doei sangue, o que, por incrível que pareça, ajudou-me a controlar o peso, e iniciei o protocolo de fazer um mínimo de dezoito horas de intervalo entre refeições, com um dia semanal de vinte e quarto horas em jejum, o qual mantive até agora.
Posso dizer-vos que, ao dia de hoje, peso cerca de 53 Kg e que até já vislumbrei o mágico número de 52,500 Kg na balança. Sinto-me bem, o colesterol alto desapareceu, e alio esta prática a uma caminhada diária de cerca de uma hora. Apesar de algumas criticas, bitaites que não pedi, e preocupações familiares pela acentuada perda de peso, sinto-me bem e magra. De notar que este, é, cada vez mais, um método banal, o que em muito se deve à publicação dos recentes estudos desenvolvidos pela Faculdade de Motricidade Humana, que enumeram as múltiplas vantagens de jejuar para a nossa saúde.
Posto isto, 5.75 leitores, apesar de continuar, como expetável, a cometer os meus pecados gastronómicos, tenho conseguido manter o peso, com a ressalva de que o Jejum Intermitente não deve ser encarado como uma dieta mas como um estilo de vida. Não vou ser hipócrita e dizer que tenho jejuado todos os dias da minha santa vida, mas, nos últimos seis meses, infringi muito pouco. Apesar de tentar fazer uma alimentação saudável, por vezes, como o que me apetece, mas, apenas, durante o intervalo das seis horas.
Se quiserem iniciar-se nesta prática, e necessitam de incentivo moral ou algum tipo de esclarecimento, mandem mensagem pelo facebook, Instagram, email, ou deixem um comentário, porque estou deste lado. Palavra de #lobo.
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