Sobre os [pseudo] Fashion Blogs Portugueses

Como
já devem ter [ligeiramente]
desconfiado, gosto de futilidades. Sem tretas e sem merdas gosto mesmo. Não só,
mas também. Por isso, acompanho uma série de blogs de moda, sobretudo
internacionais. Alguns dos meus preferidos, como o Super Vaidosa, o Garotas Estúpidas, ou o Ring My Bell até já foram referidos aqui na tabanca. São espaços
interessantes, repletos de bons conteúdos, feitos com bom gosto e de forma
muito profissional. Obviamente que incluem referências publicitárias mas de forma
subtil e [bem]
enquadrada. Infelizmente no nosso belo Portugal [aliás, como é apanágio
deste país], a maior
parte dos blogs são uma bela treta porque passaram a girar [quase] exclusivamente em torno dos sponsors, e do que foi feito no evento
da marca X ou Y. Tenham dó. Até faz impressão. Obviamente que esta é uma
componente importante até porque a malta tem que pagar as contas no final do mês.
Mas e o conteúdo? E a espontaneidade? Zero, nickles,
chapéu. A maior parte das publicações são claramente manipuladas para induzir o
leitor a comprar aquele creme ou aquela mala. É realmente uma pena que
espaços que viviam da espontaneidade e das opiniões sinceras dos autores, e
que, por isso mesmo, cativaram milhares de seguidores, tenham caído nisto. E
acontece mesmo à descarada: às vezes publicam quatro ou cinco posts de publicidade consecutivos. Nem
se esforçam por disfarçar. E isto não é conversa do invejoso porque realmente gosto
de ler boas páginas e tenho consciência da [pequena] dimensão do meu próprio blog.
Invisto o tempo e os recursos que posso e a mais não sou obrigada. Até porque é
simplesmente um hobbie. Mas há um promaior que ainda me faz mais confusão:
os posts feitos claramente “ao despacha”. Como é que é possível que um blog com
milhares de seguidores no facebook, cujas autoras aparecem na TV e/ou na Radio,
não tenha o mínimo de cuidado nas publicações, nomeadamente com a proporção dos
artigos que compõem os looks e com a
qualidade das imagens? Tenham dó. Realmente a blogosfera nacional, pelo menos
na área da “moda” e do “lifestyle”, salvo honrosas excepções, é o reflexo do
país que temos: Miserável. E tenho dito.   

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