Porquê o Myanmar? (Sete Motivos para Visitar a Birmânia)

Quando contei à minha mãe que, este ano, íamos de férias para o Myanmar, ia tendo um fanico. De facto, as notícias que, no ultimo ano, foram saindo na comunicação social, relativamente ao massacre da minoria muçulmana Rohingya , e da fuga de mais de 700 mil pessoas para o Bangladesh, não deixam ninguém descasado. No entanto, a minha curiosidade era imensa, e a vontade ainda maior, já que o meu irmão visitou a Birmânia em 2010, ainda durante os efeitos da ditadura militar, e voltou a dizer maravilhas do país, sobretudo das pessoas. Assim, quando começámos a pensar na grande viagem de 2018, as dúvidas eram poucas: Burma seria o nosso destino, bem como a Tailândia, nomeadamente Bangcoque, outra mítica cidade da Ásia que ainda não conhecíamos. 

Juntámos as férias, calculámos os gastos, pusemos o pé à estrada (nesta caso, ao aeroporto), tendo sido, estes, os principais motivos que nos levaram a percorrer mais de vinte e cinco mil quilómetros, fazer onze vôos, e rumar a um dos paraísos mais bem guardados da Ásia: 

1. As Pessoas: Após mais de uma década de viagens pela Ásia, tenho a dizer-vos que os habitantes do Myanmar são os mais simpáticos, afáveis, hospitaleiros, e genuínos de todo o continente. Ok, sei que não conheço todos os países da região, mas conseguem ser, ainda, mais amáveis do que os singaleses,  o que não é tarefa fácil. 

2. O Gosto pelo Desconhecido: Tendo estado mais de cinco décadas sob o jugo de uma ditadura militar, o Myanmar permaneceu, até há bem pouco tempo, fechado ao exterior, o que faz com que seja um local pouco explorado, possuindo milhares de segredos por desvendar.

3. A autenticidade: Até 2011, raros eram os viajantes que se atreviam a visitar a Birmânia, pelo que, felizmente, o país mantém a autenticidade, não tendo sofrido os efeitos nefastos do excesso de turismo, como, por exemplo, a Tailândia. As notícias da comunicação social, são, também elas, pouco apelativas aos viajantes, pelo que recebe cerca de um milhão de estrangeiros por ano, o que, para um país com 53 milhões de habitantes, é uma percentagem muito baixa.

4. A Cultura: Os templos e as celebrações budistas são dois factores incontornáveis de qualquer viagem ao Myanmar. Bagan com as suas mais de três mil Payas, a impressionante pagoda de Shwedagon, na capital, Yangon, bem como os budas de Mandalay, são pontos de paragem obrigatória. 

5. O preço: Feliz, ou infelizmente, o custo de vida em Burma é muito baixo, quando comparado com a média europeia, o que faz, deste, um destino muito económico para quem queira fazer uma viagem de longo curso. Para terem uma ideia, uma refeição na rua não costuma ultrapassar um euro, e dez quilómetros de táxi fazem-se por cerca de três. 

6. A Beleza das paisagens: Visitar o país, sobretudo em Outubro, no fim da estação das chuvas, é uma experiência de cortar a respiração, uma vez que os campos estão verdes e a água corre, abundantemente, nos rios. O percurso entre Kalaw, no estado Shan, e o lago Inle, pela floresta e os campos cultivados, é algo de espectacular. Também as viagens de autocarro e de comboio são incríveis, já que as paisagens são lindíssimas e fazem com que as horas não custem a passar. 

7. Praias incríveis: O arquipélago Myeik, ou as praias de Ngapali são paraísos (quase) desertos, onde é possível descansar, mergulhar nas águas cristalinas dos recifes de coral, e passear por dezenas de quilómetros de areia, sem ver ninguém, daí o Myanmar ser considerando um dos últimos paraísos “perdidos” da Ásia. 

Por estes motivos, escusado será dizer que, nos próximos dias, vos vou contar tudo sobre as minhas férias na Birmânia, com informações e dicas úteis, incluindo custos e sugestões de itinerários, caso queiram visitar este país absolutamente mágico. 

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