Estacionamento: Quando estão a olhar, não consigo

Todos
os dias conduzo. Apesar de viver a cinco minutos do trabalho, quem me tira o
carro, leva-me uma parte significativa do sentido de mobilidade. Não me importo
de correr meia hora na elíptica ou na passadeira, agora, andar a pé não é mesmo
comigo. No entanto, este move, tem
alguns inconvenientes. A Avenida onde, habitualmente, estaciono é movimentada,
e os lugares apertados. Não é que me faça confusão. Em geral, encaixo o carro à
primeira, sem grande stress. O problema
surge quando os outros condutores não respeitam os lugares e deixam pouco
espaço para o desgraçado que chega em
último. Aí sim, sou obrigada a fazer uma série de manobras. O que, per si, não teria grande problema se,
quem vem atrás, não parasse a “dar passagem” e a observar tão ilustrativo espetáculo. “Tá o baile
armado”. Se não consigo estacionar à primeira, começo a ficar em pânico. Até me
dão suores frios. Quanto maior é a fila que se vai criando atrás, pior. E o stress, como toda a gente sabe, diminui,
significativamente, a taxa de sucesso. Mas, uma vez iniciada a manobra, não há
nada a fazer. A “cegada” só termina depois do carro estacionado, nem que seja à
10ª vez. Quero acreditar que, os condutores em questão, são pessoas boas, simpáticas,
adeptas das boas práticas de condução, tão bem intencionadamente redigidas no
célebre “Código da Estrada”, da autoria de João Catatau. Mas, cá para mim, a
verdade é outra. São sádicos que gostam de curtir “um bom prato” e fazem de
propósito. Sempre que vêm uma senhora a estacionar com ar aflito, fingem-se de
bonzinhos, fazem olhos de carneiro mal morto, sacam as pipocas do porta-luvas,
e ficam a apreciar o “espetáculo”. E quanto maior for o tempo de duração,
melhor. O que importa é o ar aterrorizado da “vítima”, e uma fila interminável
de carros, a buzinar. O dia é ganho quando mete insultos e porrada. Às vezes, já em desespero de causa, quando já só falta ir
a Fátima a pé para estacionar a porra
do carro, só me apetece matá-los à facada. Mas diz que é ilegal. Só que eu não
me fico. Se estes sádicozinhos da
treta me continuarem a chatear muito, começo a andar a pé. Ahhh, por esta é que
não esperavam. Experimentem repetir a gracinha que vão ver. E
não me fico por aqui. Peço às minhas colegas para fazer o mesmo. Acaba-se o
vosso showzinho mais depressa do que
começou. Ou já se esqueceram que o #lobo está sempre atrás da porta [a chatear
pessoas]?  

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