Dramas de uma dona de gato desesperada

Como sabem o meu Gugu [com a
fortuna que gastei, devia era tê-lo batizado de pequeno Chanel] foi operado  esteve internado
durante quatro dias, e já está em casa. Felizmente, e apesar do susto, as
coisas até correram bem. Foi super bem tratado na Clinica, onde a sua ternura não
passou despercebida. Problema: O pequeno ficou traumatizado, ganhou medo à
minha pessoa, e passa o dia inteiro escondido debaixo do sofá. Como devem
imaginar, a hora da refeição tornou-se um momento cómico trágico. Ora visualizem
a seguinte cena: eu, com um pratinho de frango ou peixe cozinho, a tentar
enfiar-me em baixo do sofá para o aliciar [juro que sem maldade], na expetativa de que coma alguma
coisa. Espetacular. Mas há pior: já comprei várias marcas de ração [húmida
e seca], cozi peixe,
frango, e, primeiro que ingira alguma coisa, é preciso rezar sete mantras, ir a
Fátima, e dar dez voltas, de joelhos, à Capelinha das Aparições. Ahhh, e quando
chega a a hora de lhe pôr as gotas nos olhos, colocar o gel na boca, e dar o antibiótico?
É o júbilo da massa associativa. A verdadeira loucura. Só para vos dar uma
pequena ideia, sou obrigada a fechar todas as divisões da casa, persegui-lo
habilmente até se cansar, e, após horas de cegada, conseguir, finalmente, fazer-lhe
as “maldades” todas de uma vez, e rápido. Este bonito ritual repete-se três
vezes ao dia. Como é que o meu Miau, depois de ter vivido na rua, sabe Deus em
que condições, ter encontrado um lar, ao fim de sete dias ser submetido a uma
cirurgia, com um pós-operatório super doloroso, não havia de ter ficado assim? Sempre
que consigo que saia da “toca”, se há um barulho, por mínimo que seja, volta
para lá em pânico. Se isto continuar assim, vou dar em doida. Sinto-me uma verdadeira
dona de gato desesperada. Alguém tem sugestões para ajudar o vosso amigo Lobo? 

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