Produzido nos concelhos de Setúbal e Palmela, bem no coração da Arrábida, o “Moscatel de Setúbal”, é um dos vinhos licorosos mais famosos do mundo, e, muito sinceramente, o meu preferido. Tendo obtido vários prémios de reconhecimento internacional, existem, genericamente, duas castas: o “Moscatel de Setúbal” e o “Moscatel Roxo”.
Os preços variam entre os quatro, caso queiramos adquirir uma garrafa de moscatel corrente, e os vários milhares de euros, no caso do “Torna Viagem”. Produzido pela “José Maria da Fonseca”, este tipo de moscatel é proveniente das barricas que deram a volta ao mundo no navio-escola “Sagres” e que, por isso, adquiriram um sabor diferente [e, supostamente, muito melhor, mas não sei porque nunca provei]. Na Península de Setúbal existem diversos produtores, mas não vos sei dizer qual o melhor. Pessoalmente, tenho uma especial simpatia pelo meu homónimo “Lobo Mau”, da Casa Assis Lobo, e, sempre que posso, compro uma garrafa de Moscatel Roxo, da “Bacalhoa” ou da “José Maria da Fonseca” que, por quinze ou vinte euros nos proporcionam uma experiência única. Também para cozinhar é um vinho licoroso excelente, sobretudo em sobremesas, como as “pêras bêbedas”, ou para embeber fruta. Fiquem atentos ao blog, porque em breve, vamos ter receitas com este verdadeiro néctar dos deuseus, quem é como quem diz, da Arrábida.