Toda a gente já sonhou visitar a ilha de Bali, na Indonésia, destino tido como a “Pérola do Indico”, e, [alegadamente], um verdadeiro paraíso sobre a terra. Toda a gente menos o Lobo. Sinceramente, dos mil sítios que sempre quis conhecer, este nunca foi prioritário. No entanto, após a inesquecível Dive Trip às Maldivas, o Indico hipnotizou-me. Por isso, quando surgiu a oportunidade de rumar ao outro lado do planeta para passar umas férias idílicas, alinhei sem pensar duas vezes. Até posso estar a ser injusta, mas foi das piores viagens que fiz na vida. A ilha é efectivamente bonita, tem sítios interessantes para visitar como: o mercado de Ubud; os campos de arroz; as praias desertas; a gastronomia; o pôr do sol; os vulcões; os rios, excelentes para o rafting; os spots de mergulho, e, o meu preferido: o Elephant Safaripark Lodge, um resort de luxo, considerado o sexto destino mais “único” do mundo, onde é possível fazer um safari nocturno de elefante. Adorei. Mas o resto foi horrível. Para já tive azar, apanhei o Niepi Day, quem é como quem diz o “Dia do Silêncio”, que marca a passagem de ano Hindu. Tanta altura do ano para visitar a porra da ilha e teve que calhar logo naquela altura. Fiquei retida 24 horas no hotel, que ficou completamente selado. Espectacular. E era impossível prevaricar, já que as ruas estavam vigiadas por milícias populares. Um charme. Outro bad move foi ter ficado em “Legian Street”, Kuta Beach, o centro da animação nocturna lá do sitio. Confesso que esta ideia de jerico foi minha porque adoro sair à noite. Mas misturar baratas, pilhas de lixo, australianos bêbados, prostitutas menores de idade, traficantes de droga, não é propriamente a minha onda. Odiei. Mau demais para ser verdade. Quando a viagem terminou, parti com um sorriso nos lábios. Já vi, tá visto, e, apesar de querer muito voltar à Indonésia para conhecer Jakarta, Sumatra e a ilha das Flores, com os seus dragões de Komodo, dificilmente me apanham em Bali. Ficam as fotos.
