Miquel Moliner comtemplava-o da plataforma, com as mãos enterradas nos bolsos.
– Escreve – disse.
– Assim que chegue, escrevo-te – replicou Julián.
– Não. A mim, não. Escreve livros. Não cartas. Escreve-os por mim. Pela Penélope.
Julián assentiu, só então percebendo do muito que ia sentir a falta do amigo.
– E conserva os teus sonhos – disse Miquel. – Nunca se sabe quando irás precisar deles.
(…)
“Deixo-te tudo o que é meu, menos os sonhos”