Caros 5.75 leitores, após o ano difícil porque passámos, durante o qual muitas famílias perderam parte, ou a totalidade, dos rendimentos, e o país entrou em crise, há que encontrar ferramentas e estratégias para gerir, de forma consciente, as finanças domésticas.
No meu caso concreto, e apesar de, felizmente, nenhum de nós ter ficado sem trabalho, fomos fustigados com uma doença um tanto prolongada, mas já ultrapassada, que reduziu o orçamento mensal e nos fez redefinir prioridades.
Assim, e porque é fundamental saber, concretamente, para onde vai o dinheiro, e se estamos a gastar mais do que devíamos, partilho, convosco, em jeito da Marie Kondo, cinco truques que me ajudam, diariamente, a gerir as finanças de minha casa, e a eliminar as despesas que, como a dita diria: Não “sparkam joy”. Ora leiam:
1. Definir um orçamento: Pois é, meus caros, uma casa sem um orçamento pré definido é como um carro desgovernado rua abaixo: Só para quando estiver desfeito. Que é como quem diz: Se, no momento em que recebermos o salário, não for definido um orçamento, e decidido a percentagem com que um dos membros do agregado deverá contribuir, vai ser um gastar sem destino.
2. Instalar uma App de gestão financeira: Nas stores dos smartfones, existem toneladas de apps gratuitas que permitem organizar, por categorias, as nossas despesas. Entre comida, casa, vestuário, carro, animais de estimação, etc, não há como fugir. Por estar traduzida para português, e ser muito fácil de usar, optei pela Monefy, que me tem ajudado a controlar o orçamento doméstico e a poupar um pouco, mesmo em tempos de cólera. No caso de não se darem bem com modernices, criem uma tabela de excel, ou apontem num bloco de notas.
3. Criar uma conta bancária exclusiva para as despesas da casa: Como repetia, vezes sem conta, a personagem de Tony Ramos na novela “Filhas da Mãe” (2001): “Uma coisa é uma coisa e uma outra coisa é uma outra coisa”. Que é como quem diz: As despesas da casa devem sair de uma conta bancária criada para o efeito. No inicio de cada mês, é feita a transferência do valor correspondente ao orçamento mensal, que deve gerido a partir daí. Assim, cada um dos “contribuintes” consegue definir, de forma concreta, o montante disponível para as suas despesas pessoais, sem misturas ou confusões
4. Criar uma poupança mensal: Outra vantagem da conta bancária da casa, é permitir associar um plano poupança, normalmente, sem custos associados. Por transferência pré definida, ou com base no que sobra no final do mês, permite poupar algum dinheiro para imprevistos ou, até, para viajar.
5. Encare os gastos supérfluo com realismo: Será que é mesmo necessário gastar, mensalmente, X em depilação ou Y no ginásio, mesmo sem lá pôr os pés? São questões que devem ser encaradas de frente e que o Monefy vai pôr a nu. A título de exemplo, há uns anos, despendia uma fortuna em cabeleireiro, e passei a cortar, e a pintar, o cabelo em casa. É que os primeiros brancos já apareceram e é incomportável lá ir todos os meses. Confesso que o meu único vicio continuam a ser as unhas de gelinho, mas ainda não arranjei forma de ter unhas à prova de míssil, arranjadas em casa.
6. Faça a lista de supermercado: Caríssimos, entrar no super e começar a disparar em direção a todas as prateleiras, sem rei nem roque, não dá. É mais do que certo que vamos enfeirar um monte de tralhas de que não precisamos. Assim, antes de sair de casa, abram os armários e o frigorifico, e façam uma lista do que realmente necessitam, acompanhada pela respetiva estimativa orçamental. Cá em casa, é permitido um deslize de 10% para trazer aquele queijo ou um doce para os serões de sábado à noite.
7. Vá ao supermercado uma vez por semana: O meu querido pai, que muito amo, está reformado. Um dos métodos que encontrou para investir o seu precioso tempo, é ir, com uma regularidade quase diária, ao supermercado. Escusado será dizer que, para além do combustível da deslocação, naturalmente, que gasta mais em artigos desnecessários do que se fosse, apenas, uma vez por semana. No entanto, ele está feliz, e, por mim, está tudo bem. Contudo, no que toca à gestão das finanças de minha casa, a história já é outra. Tento ir o menor número de vezes possível para evitar gastos desnecessários, que vão acabar por se refletir nas finanças e nas ancas.
Já diziam os antigos, que é no poupar que está o ganho. Só custa começar. Depois, vão ficar mesmo contentes com os benefícios. Palavra de #lobo.
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