Há, exactamente, um ano atrás pesava cinquenta e quatro quilos. Hoje tenho cerca de sessenta. Para além de a idade não perdoar, conto com uma série de “pecados”, cometidos de plena consciência, alma e coração. Os quais, como tudo nesta vida, se pagam caro. No meu caso, a factura apareceu, recentemente, de plumas e lantejoulas, já que nem um milagre da Senhora de Fátima me fez caber no vestido que pensei usar no dia de Páscoa. Posto isto, decidi tomar medidas drásticas, e adoptar a dieta do “jejum intermitente”. Associada à nova tendência da alimentação Paleo, cujos princípios assentam na elevada ingestão de proteína, fibra e potássio, e no baixo consumo de hidratos de carbono, visa a manutenção de um estilo de vida saudável e a minimização do aparecimento de doenças crónicas. Assim, e porque os nossos antepassados de há quinze mil anos não faziam refeições de três em três horas, já que a sua economia alimentar se baseava na caça e na recolecção, o jejum baseia-se em limitar a ingestão de comida a uma pequena parte do dia, obrigando o organismo a gastar as reservas. Existem diversas modalidades, que incluem jejuns de vinte e quatro horas, duas vezes por semana, ou de dezasseis horas por dia, em que refeições como o pequeno-almoço são abolidas. Pessoalmente, adoptei esta última opção. Já vou no terceiro dia, e estou genuinamente surpreendida, uma vez que sinto fome, mas é absolutamente tolerável. Faço as refeições normais, entre as 13.00 e as 21.00, que incluem almoço, lanche e jantar. Não adoptei a rigidez da dieta Paleo, mas tenho tentado cortar nas gorduras, doces e hidratos de carbono. Durante o jejum é possível beber chá, água e café, sem açúcar. As vantagens, traduzem-se não só pelo controlo de peso, mas, também, pela melhoria da condição física, já que regula a pressão arterial, aumenta a sensibilidade à insulina, acelera o metabolismo, e ajuda a diminuir o stress e a ansiedade. Aliás, um dos efeitos que notei neste curto espaço de tempo, foi ao nível do sono. Nas ultimas semanas, andei com insónias, e, nestas duas noites, dormi nove horas seguidas, como “um anjo”, e sem acordar uma única vez. E, a melhor parte, é que a balança me diz que tenho perdido, em média, 100 Gr por dia. Se estão interessados em adoptar esta nova forma de alimentação e reeducar os vossos hábitos alimentares, leiam este artigo, que permite compreender os pressupostos do “Intermittent Fasting”, e da sua aplicação prática. Daqui a uma semana já se devem notar mais alguns resultados, pelo que darei notícias sobre a minha evolução. Até já 5, 75 leitores.
Foto: Vervesearch
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