Gosto de cozinhar. Não há nada melhor do que chegar a casa, ao final do dia, fechar-me no “laboratório de alquimia”, [vulgo cozinha], e criar, [inventar], pratos de peixe, carne, entradas e sobremesas. Abrir uma garrafa de vinho, sentar-me no sofá e jantar, tranquilamente, com o meu amor. É a melhor coisa do mundo, e uma das muitas formas que escolhi para lhe dizer: “Gosto de ti”. Não posso afirmar que fico propriamente triste quando me convida para jantarmos nos nossos restaurantes preferidos, ou me leva a conhecer outros. Adoro. Só que o aconchego do lar tem outro encanto. O ambiente, a tranquilidade, a possibilidade de dar largas à veia criativa e, sobretudo, o dinheiro que se poupa. Por exemplo, cá em casa comemos marisco com alguma frequência, mas só o fazemos em restaurantes muito esporadicamente, porque sai caro e o orçamento familiar não comporta esse tipo de luxos. Esta questão estende-se, até mesmo, quando marcamos jantar com os amigos. Regra geral, sugerimos que seja feito cá em casa. Não me incomoda mesmo nada cozinhar para nove ou dez pessoas, e fazer dois ou três pratos diferentes. Antes pelo contrário: Adoro. E dedico-me a essa tarefa de corpo e alma. Poupamos dinheiro e estamos a beber e a conversar até à hora que bem entendermos. Quando acontecem à sexta-feira, aposto em receitas de tabuleiro e deixo tudo semi preparado de véspera. Desta forma, jantamos to em simultâneo, sem o incómodo de ter que me levantar, a cada dois minutos, para vigiar as batatas fritas. Mas a melhor parte é quando percebo que, genuinamente, toda a gente gostou do jantar. Quer pela comida, quer pelo convívio. E nos restaurantes, apesar de ser mais prático e clean, já que, no final, ninguém tem que arrumar a cozinha, não temos esta flexibilidade, além de, por vezes, a comida não ser tão boa, e de a factura ser bem maior. E quanto a vocês, meus 5.75 leitores. Preferem jantar fora ou no conforto do lar?
Arqueóloga, viajante, apaixonada por sabores. Ler mais »