Depois do Carnaval…

… vem a gripe. Clássico. E, este ano, decidi cumprir os clichés todos.

Pois é meus 5.75 leitores. Após umas mini férias dedicadas à folia, o vosso amigo #lobo está de volta às lides bloguísticas, ainda que com febre e dores no corpo. Quem me acompanha no Instagram já deve estar mais do que farto de ver fotos de  Carnaval, mas é mais forte do que eu: esta é, de longe, a minha época preferida do ano. Ou não vivesse em Sesimbra. Aqui na “Bela Piscoza” a efeméride é comemorada a rigor: entre sexta e terça os bailes não param, acompanhados pelos desfiles das escolas de samba e pelo bloco de palhaços. Por isso, é totalmente impossível não mergulhar, a fundo, na festa. Mas os preparativos começam a ser tratados com umas semanas de antecedência já que é indispensável ir impecavelmente tragado a rigor. Este ano eu e o meu grupo de amigas tentámos ser originais sem gastar muito dinheiro, pelo que reciclámos parcialmente peças que sobraram de anos anteriores e fizemos a maior parte dos acessórios.  Afinal, engendrar cinco trajes carnavalescos não é tarefa fácil e o orçamento é limitado. Como a “necessidade aguça o engenho” montámos uma verdadeira estufa de pintura na garagem e estoiramos o stock de cola quente das lojas do chinês da região. Só vos digo que, duas horas antes de sairmos no Sábado, a pistola estoirou e o pânico instalou-se: ainda faltavam montar três conjuntos de asas de cupido e a cola normal não aguentava a armação. Felizmente, emprestaram-nos outra e conseguimos terminar a tempo. O resultado final, que podem ver aqui e aqui, ficou fantástico. Diverti-me mesmo MUITO em todas as noites, em especial na noite de S. Valentim, em que os cupidos negros andaram a espalhar corações, mas só por quem “mereceu”.  Confesso que fui um bocadinho forreta, mas os que ofereci foram com convicção [e ainda guardei um, mas esse é para ser roubado]. Claro que, após quatro noites consecutivas a sair até às dez ou onze da manhã, com temperaturas pouco simpáticas, o #lobo havia de tombar. Como o frio “é uma cena que a mim não me assiste” nunca levei casaco e, na terça ao final do dia, comecei a sentir os primeiros sinais de febre. Moral da História: apanhei uma gripe “de caixão à cova”, grande clássico carnavalesco. E, durante as festas, ainda tive que aturar outro cliché típico da efeméride: os cromos. É que, por mais surpreendentemente que possa parecer, existe uma orda de cavalheiros que lê o blog e que tem alguma coisa para dizer ao #lobo. O grave é que só têm coragem de o fazer com os copos. Ahh, espetacular. Conseguem imaginar? Eu mereço, raios. Como não tenho vocação [nem saco] para aturar bêbados, ainda para mais que mal conheço, desmarquei-me a alta velocidade. Apesar dos pesares, este foi, sem duvida, um dos melhores carnavais de sempre. Para mais tarde recordar. A única parte triste é que só se repete para o ano. Bahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh já estou cheia de saudades. 

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