A questão da validade dos alimentos não é nova aqui no blog. De facto, já anteriormente, publiquei este artigo sobre as vantagens em adquirirmos produtos prestes a expirar a data indicada nas embalagens, e o seu impacto na redução do orçamento familiar. Logo nesse momento, recebi inúmeras mensagens com questões inerentes à durabilidade mínima de diversos produtos, porque, se, por um lado, esta opção nos permite poupar, por outro, corremos o risco de desperdiçar dinheiro, uma vez que se podem estragar mais rapidamente do que o previsto, e terminar no lixo. De facto, a validade colocada nos pacotes é meramente indicativa, reportando-se ao prazo que o produtor definiu para que determinado item seja ingerido com os padrões máximos de qualidade e de segurança alimentar. No entanto, é sabido que a maior parte dos produtos possui uma duração mais alargada, nomeadamente:
1.Ovos: Legalmente, só podem ser vendidos até vinte e um dias após a sua produção, mas, na realidade duram vinte e oito.
2. Leite Pasteurizado: Pode durar vários dias após o fim da validade, desde que a embalagem não se encontre danificada. Uma vez aberto o pacote, este deve ser acondicionado no frigorífico, e ingerido num periodo máximo de setenta e duas horas.
3. Iogurtes: O prazo de validade deste produto é muito maior do que o indicado no pacote. Cá em casa, chegamos a consumir iogurtes três semanas após o fim da data recomendada, sem nunca termos encontrado um único estragado.
4. Frescos: Carne, fruta, peixe, e legumes podem ser conservados entre três a quatro dias no frigorífico sem sinais de deteorização. Após este período, é mais seguro congelar.
5. Massas & Cereais: Podem perdurar meses, e meses, após o fim da validade. Já chegámos a consumir esparguete que tinha passado o prazo há mais de seis meses, e estava impecável.
6. Bolachas & Chocolates: À semelhança das massas e dos cereais, demoram imenso tempo a degradar-se, pelo que podem ser ingeridos várias semanas após o prazo indicado na embalagem.
7. Conservas: Tal como o próprio nome indica, estão preparadas para ultrapassar, em muito, a data recomendada, pelo que consistem numa excelente oportunidade para poupar uns euros.
No entanto, existe o outro lado da moeda, meus 5.75 leitores. É que convém ter em atenção que existem alguns produtos, como o queijo fresco ou as saladas embaladas, que, se não forem para consumir no próprio dia, não compensam comprar em fim de prazo, já que acabam por durar muito pouco, e terminar no lixo. De acordo com este artigo da revista Visão, anualmente, a nível mundial, são destruídas mais de 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos, pelo que, se todos podermos contribuir para reduzir este desperdício, o planeta será um local mais feliz. Palavra de #lobo.
Crédito da Foto: Food 52