Quando tirei a licenciatura em Arqueologia e História na saudosa Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vulgo “Clássica”, logo no primeiro ano de curso, apanhei um professor de pré-história que se saiu com a brilhante frase: “Os vegetarianos escusam de se inscrever nas minhas escavações porque não os quero lá. São um atentado à evolução humana”. E com esta me fiquei. Nascida e criada no sítio do planeta que oferece o melhor peixe do mundo inteiro: Sesimbra, nunca me passou pela cabeça deixar de comer proteína animal. No entanto, a viragem para o século XXI trouxe uma nova consciência ética e alimentar, associada ao consumo exclusivo de vegetais. E as vantagens são óbvias: A sua produção é [muito] mais ecológica e sustentável, para além de não infligir dor a nenhum ser vivo. Na minha família, já há algum tempo, que o meu irmão e o meu primo mais novo optaram pela opção de não comer carne, e confesso que a experiência de ambos me tem inspirado. No entanto, neste momento, apesar de não me considerar preparada para abraçar o vegetarianismo em pleno, acabei por perguntar ao meu Amor: “Porque é que não instituímos, cá em casa, um dia por semana livre de proteína animal?”. E ele concordou. Para além de ser uma vantagem para a saúde é, também, uma oportunidade para explorar novas receitas e sabores, dada a panóplia de opções da pirâmide vegetariana. Assim sendo, meus 5.75 leitores, fiquem atentos ao blog porque, em breve, sugestões de pratos com proteína 100% “verde” é coisa que não vai faltar por aqui. E, já agora, porque não ponderam aderir a esta nova tendência alimentar, nem que seja um dia por semana? Fica a sugestão.
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