Um Lobo em Singapura – A “Nova Iorque” da Ásia

A saída de Macau não foi fácil. A “Cidade dos Sonhos” tocou-me a alma, e confesso que, se me tivessem permitido, teria lá passado o resto das férias. Mas os bilhetes para Singapura estavam comprados, e não havia nada a fazer. As dúvidas  passaram no momento em que aterrei naquela que pode ser considerada uma verdadeira “Nova Iorque” da Ásia. O verde luxuriante, recortado por alguns dos arranha-céus mais emblemáticos do mundo, é uma visão absolutamente surpreendente, que alia a magia do Oriente à modernidade do Ocidente. “Fantástico”, pensei. “Ainda bem que não me armei em menino. Agora, vais mostrar-me o que tens de melhor”. E, de facto, Singapura não me desiludiu. Localizada num dos extremos da Malásia, literalmente em frente à Indonésia, foi nomeada, pelo Lonely Planet, o melhor local do mundo para visitar em 2015. De entre os highlights que conheci, gostei especialmente de “Chinatown”; “Little India”, e “Arab Quarteer”, quarteirões onde é possível mergulhar nas três principais culturas que compõe o país. Comer um “Pato à Pequim”, visitar o templo “Sri Mariamman”, ou passar pela “Maskid Sultan Mosque”, perto do nascer do sol, são experiências obrigatórias para qualquer “viajante”, digno desse nome. No entanto, este é, também, o destino ideal para quem procura uma experiência “citadina”. Orchard Road é um verdadeiro paraíso para os amantes de compras “à séria”. Chanel, Louis Vuitton ou YVL, são algumas das lojas que podemos encontrar nesta Avenida, repleta de mega shoppings. Nunca tinha visto nada assim. Os chinocas são super consumistas. E também adoram sair à noite. A zona de Clarke Key tem alguns dos melhores bares e restaurantes onde já estive. Experimentar gambas fritas com Nestum Mel [sim, leram bem. É magnífico], o caranguejo no “Jumbo”, a marisqueira mais famosa da cidade, e tomar um copo no “Clinic”, o estabelecimento nocturna que recria, literalmente, um hospital [cadeira de rodas e bisturis incluídos], são experiências imperdíveis. A viagem terminou com uma visita à Santosa, ilha artificial inspirada em “Miami”, onde não faltam coqueiros e areia branca, só que, com uma pequena diferença: fica de frente para uma refinaria indonésia, com petroleiros e chaminés em chamas. Espetacular. É, também,  aqui que se situam os famosos estúdios da “Universal”, que tentei visitar, mas os bilhetes estavam esgotados. [Há dias de sorte]. Para compensar, optámos por um “Night Safari” no “Singapore Zoo”, no qual só alinhei porque, supostamente, os animais viviam sem jaulas [só se esqueceram de referir as cercas eléctricas]. Seja como for, adorei Singapura. É uma espécie de “bolha de contemporaneidade” no coração da Ásia tradicional, onde a ordem, a limpeza e a monumentalidade imperam, cativando-nos de uma forma absolutamente mágica, que nos obriga a querer voltar.   

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