Lady in Pink – O jogging em “Fashion”

Sou
uma acérrima defensora dos direitos humanos e da liberdade de expressão. No
entanto, acho mesmo que as pessoas deveriam ser “obrigadas” por lei a ter um
espelho em casa. E não é pelos outros. É pelo seu próprio bem. Ora atentem
nesta história e vão ver que me dão razão. Costumo ir passear com o meu Caeser
a um local no porto de Sesimbra que se chama “pontão grande”. Além de ter uma
vista absolutamente deslumbrante para a baía, é o local onde a malta vai fazer jogging. Normalmente, nunca reparo em
quem passa pois vou a ouvir música e entretido com os meus devaneios. Mas há
uns tempos não pude deixar de bater o olho numa figurinha vestida em pink integral, com roupa super justa
que, alegremente, abanava a sua banha pontão fora. Para terem uma ideia do que
estou a falar, imaginem este cenário: Cerca de 20 anos, cabelo mega comprido
loiro, top justo e curto, calças de algodão apertadas e transparentes, que
tinham uma particularidade espetacular: deixavam ver a cuequinha da avó. Ahhh.
Mas não nos ficamos por aqui. Para além da roupa interior, que não se usa desde
o tempo em que D. Afonso Henriques bateu na mãe, o espetador também foi
brindado com uma visão do além: A celulite. Dividida em duas partes iguais
bamboleava-se alegremente num traseiro gigante que gritava desesperadamente por
socorro. Escusado será dizer que, em trinta milésimos de segundo, todas as
atenções foram desviadas para a atividade desportiva de “Lady Pink”, e a sua
espalhafatosa retaguarda, qual Barbie dos tempos modernos, vinda de uma
experiência falhada de tentativa de contrafação na China. Por momentos até tive
pena da moça porque estava TODA a gente a gozar. Mas depois caiu-me a ficha e
pensei: Se ela vem assim para a rua, das duas uma: ou gosta mesmo de ser notada
e põe-se propositadamente, a jeito, ou precisa de um espelho em casa. Ou disso
ou de tratamento psiquiátrico. Quando estava na dúvida se havia de juntar os
espetadores para fazermos uma “vaquinha” e comprar um espelho, ganhou fogo nos
pés e desapareceu. Fiquei com pena. É que lhe fazia mesmo falta. Já viram, e
ainda há quem me chame má pessoa. Cambada de ingratos.  

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