Como já toda a gente leu o livro, ou viu
a telenovela da grande obra de Jorge Amado: “Gabriela Cravo e Canela”, não vou decepcionar
ninguém ao revelar parte do final: Dona Doroteia, chefe das beatas, paladina da moral e dos bons costumes. Sempre a puxar para o “encarneiramento”,
as ovelhas que se tentavam desviar do rebanho, tinha, afinal, sido a maior “Kenga”
da região. Só deixou a segunda profissão mais antiga do mundo [a
primeira é a de jardineiro, que regava a árvore da vida no Paraíso] para se casar com um Coronel, e se
tornar numa “Senhora da Sociedade”. Após ter destruído famílias, ter feito
intrigas, que levaram à morte das tais ovelhas que se tentaram desviar do “carreiro”
[caso
de Dona Mocinha e do seu amante dentista],
viu o nome deitado na lama, em plena praça pública. São as chamadas: “Ironias
do Destino”. Isto para vos dizer que, no século XXI, choca-me que haja gente a
comportar-se da mesma forma. Pior: A pensar e a agir da mesma forma. Com ou sem
“podres” no passado, são pessoas que passam mais tempo a julgar o “Outro”, do que a olhar para si, para as
suas próprias ideias, para os seus projetos, para o seu futuro. Na verdade ninguém as
pode culpar. São criaturas pequenas, que, talvez, um dia já tenham sido
grandes. Mas foram vencidas pela vida. Abandonaram-se
ao sabor dos dogmas e das convenções…. Só que do século passado. Estão mais
preocupadas em tentar destruir o que alguém faz, que fuja ao seu pequeno “mundinho, a preto e branco“, do que em empreender algo construtivo, criativo,
imaginativo. Válido para si, e para os que o rodeiam. Vivem da mesma forma
todos os dias da sua vida, até que morrem, vão para um caixão escuro, e descem
até ao Inferno. Fim de História. Até esse dia, comportaram-se em função do que o
que o colega do lado pensava, o vizinho do lado pensava, a sogra e o periquito
pensavam. Que triste existência. Oremos, irmãos. Um minuto de silêncio por
estes pequenitos seres, que precisam das nossas boas energias para ter alguma
salvação. Pode ser que, com a nossa ajuda, voltem a ter um laivo de sanidade
mental, ganhem uma centelha de vida, e abracem este mundo. Até lá, deixo-vos
as palavras inspiradoras de Pablo Neruda. Larguem de
partilhar tretas lamechas no Facebook, deixem a vida dos outros, e olhem para
vocês. Façam alguma coisa por vocês. Agora, silêncio. Vamos ouvir o poeta:
a telenovela da grande obra de Jorge Amado: “Gabriela Cravo e Canela”, não vou decepcionar
ninguém ao revelar parte do final: Dona Doroteia, chefe das beatas, paladina da moral e dos bons costumes. Sempre a puxar para o “encarneiramento”,
as ovelhas que se tentavam desviar do rebanho, tinha, afinal, sido a maior “Kenga”
da região. Só deixou a segunda profissão mais antiga do mundo [a
primeira é a de jardineiro, que regava a árvore da vida no Paraíso] para se casar com um Coronel, e se
tornar numa “Senhora da Sociedade”. Após ter destruído famílias, ter feito
intrigas, que levaram à morte das tais ovelhas que se tentaram desviar do “carreiro”
[caso
de Dona Mocinha e do seu amante dentista],
viu o nome deitado na lama, em plena praça pública. São as chamadas: “Ironias
do Destino”. Isto para vos dizer que, no século XXI, choca-me que haja gente a
comportar-se da mesma forma. Pior: A pensar e a agir da mesma forma. Com ou sem
“podres” no passado, são pessoas que passam mais tempo a julgar o “Outro”, do que a olhar para si, para as
suas próprias ideias, para os seus projetos, para o seu futuro. Na verdade ninguém as
pode culpar. São criaturas pequenas, que, talvez, um dia já tenham sido
grandes. Mas foram vencidas pela vida. Abandonaram-se
ao sabor dos dogmas e das convenções…. Só que do século passado. Estão mais
preocupadas em tentar destruir o que alguém faz, que fuja ao seu pequeno “mundinho, a preto e branco“, do que em empreender algo construtivo, criativo,
imaginativo. Válido para si, e para os que o rodeiam. Vivem da mesma forma
todos os dias da sua vida, até que morrem, vão para um caixão escuro, e descem
até ao Inferno. Fim de História. Até esse dia, comportaram-se em função do que o
que o colega do lado pensava, o vizinho do lado pensava, a sogra e o periquito
pensavam. Que triste existência. Oremos, irmãos. Um minuto de silêncio por
estes pequenitos seres, que precisam das nossas boas energias para ter alguma
salvação. Pode ser que, com a nossa ajuda, voltem a ter um laivo de sanidade
mental, ganhem uma centelha de vida, e abracem este mundo. Até lá, deixo-vos
as palavras inspiradoras de Pablo Neruda. Larguem de
partilhar tretas lamechas no Facebook, deixem a vida dos outros, e olhem para
vocês. Façam alguma coisa por vocês. Agora, silêncio. Vamos ouvir o poeta:
“Morre lentamente quem
não viaja,
não viaja,
Quem não lê, quem não
ouve música,
ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa
ajudar.
ajudar.
Morre lentamente quem se
transforma escravo do hábito,
transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias
o mesmo trajeto,
o mesmo trajeto,
quem não muda as marcas
no supermercado,
no supermercado,
Não arrisca vestir uma
cor nova,
cor nova,
Não conversa com quem
não conhece.
não conhece.
Morre lentamente quem
evita uma paixão,
evita uma paixão,
Quem prefere o
“preto no branco” e os “pontos nos is”
“preto no branco” e os “pontos nos is”
A um turbilhão de
emoções indomáveis,
emoções indomáveis,
Justamente as que
resgatam brilho nos olhos,
resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços,
coração aos tropeços, sentimentos.
coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem
não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo
pelo incerto atrás de um sonho,
pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite, uma
vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem
passa os dias queixando-se da má sorte ou da
passa os dias queixando-se da má sorte ou da
Chuva incessante,
desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
Não perguntando sobre um
assunto que desconhece
assunto que desconhece
E não respondendo quando
lhe indagam o que sabe.
lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em
doses suaves, recordando sempre que estar vivo
doses suaves, recordando sempre que estar vivo
Exige um esforço muito
maior do que o simples acto de respirar.
maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!”
Pablo
Neruda
Neruda